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https://www.chiadobooks.com/livraria/bullying-a-violencia-mascarada

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Atendimento On Line


Você também precisa de orientação para solucionar um caso de bullying?

Você é o responsável por uma criança que está sofrendo bullying e não sabe mais o que fazer ou como ajudar?

O Atendimento On Line surgiu devido a quantidade de pais e professores que buscam ajuda para combater um caso de bullying. É realizado via Skype/Whatsapp e orienta passo a passo sobre o que fazer diante ao caso de bullying.

Envie um email para:
contato.bullyingconsultoria@gmail.com
e receba hoje mesmo a ajuda que precisa. Bullying não é brincadeira!



Carolina Giannoni Camargo

No ano de 2005, a pedagoga e autora Carolina Giannoni Camargo iniciou suas pesquisas e trabalhos sobre bullying durante seu curso de graduação na Universidade Estadual de Campinas/Unicamp.

No início de 2009 criou o Blog "Bully: no bullying!" e hoje este possui mais 800.000 acessos, recebendo diarimente pedidos de ajuda por parte de alunos, pais e professores que se sentem perdidos diante ao bullying.

Neste mesmo ano, Carolina Giannoni Camargo fundou a Assessoria Pedagógica Semeare sendo coordenadora pedagógica especializada em bullying até 2011, ano no qual se mudou para a Alemanha, onde se tornou pesquisadora independente sobre bullying e violência escolar.

Em 2010 e 2011, lançou o Livro: “Brincadeiras que fazem chorar. Introdução ao fenômeno bullying", publicado pela editora All Print. Carolina Giannoni Camargo se tornou uma especialista no tema, principalmente por abordar o assunto na educação infantil e no treinamento de professores.

Possui artigos publicados em revistas (Revista Metrópole Campinas, Revista Catavento fundação Educar, Revista Síntese, dentre outras) e no livro (Bullying em debate, dos autores Cleo Fante e Neemias Moretti Prudente). Também participa de inúmeros programas de televisão e rádio sendo entrevistada sobre bullying.

Desde 2010 desenvolve materiais pedagógicos e promove atendimento on line visando prevenir e combater os casos de bullying.

Em Dezembro de 2017 lançará o livro "Bullying, a violência Mascarada", pela editora Chiado. 

Entre em contato
contato.bullyingconsultoria@gmail.com 


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Li e não gostei.


Acabei de ler uma matéria no site da Revista Encontro dizendo que o caso de Goiânia não foi bullying. Até aí tudo bem, nem sempre é fácil identificar o bullying e muitas vezes a informação que recebemos é através da mídia e sem a profundidade ideal para uma investigação mais elaborada. Ou seja, podemos encontrar divergentes opiniões. Para mim este episódio foi bullying sim, mas isso não vem ao caso neste post.

Na matéria que li, a especialista Tânia Zagury diz: " Não vou dizer nunca, mas é raríssimo um problema de bullying gerar mortalidade desse tipo. Até mesmo os tiros de Columbine, que marcaram a história com 14 mortes, foram associados a um desvio mental. Geralmente, esses adolescentes têm algum problema psiquiátrico. Por ser um menino muito jovem, ele pode não ter sido diagnosticado ainda. Muitas vezes, as pessoas esperam que o comportamento de quem tem uma doença mental seja algo explícito, quase caricatural, mas não é assim que acontece. Talvez o próprio fato de ele ser um adolescente considerado mais desleixado em relação ao seu corpo pode ser um indicativo.... O bullying é algo grave, mas, se provocasse esse tipo de reação, nós voltaríamos à barbárie. Na verdade, essas pessoas que têm algum tipo de problema psiquiátrico não conseguem administrar a realidade."


Quando estudamos o bullying, e grandes pesquisadores fazem isso desde os anos 70, entendemos que a agressão física e moral intensa e repetida, gera nos seus envolvidos - principalmente nos alvos dessas agressões - uma gama de consequências que variam em sua gravidade.

O que quero dizer é que quando um aluno recebe uma apelido pejorativo, é trancado no armário do corredor, tem seus pertences roubados, apanha no intervalo da escola, etc. e essas agressões ocorrem toda semana ou todos os dias, a vítima muitas vezes perde a sua própria identidade e se reconstrói baseada na violência sofrida. 

Nós somos seres únicos, temos nossa própria história, formação familiar e personalidade; por isso reagimos às situações ao nosso modo. O que me afeta, pode não causar o mesmo impacto no colega de classe, por exemplo.

Isso ocorre também com este fenômeno. Um alvo de bullying pode ter consequências mais leves e outro consequências gravíssimas, como já expliquei aqui no blog outras vezes.

Quando um alvo de bullying se torna assassino, ou então, quando um alvo de bullying comete suicídio, muita história de sofrimento gerado pelo bullying existe por trás desses finais trágicos. E isso Dan Olweus comprovou por meio de suas pesquisas (ainda) na década de 70. 

Muitos fatores contribuem para finais trágicos. Quando estudamos um caso de bullying desse tipo, quase sempre encontramos algum fator negativo na vida desses jovens, ou na sua educação e dinâmica familiar, formas de lidar com problemas, transtornos psicológicos gerados pelo bullying, falta de ajuda e amparo por sofrer essas agressões sozinhos, e até mesmo gosto por jogos violentos e armas. 

Mas não posso concordar - diante aos fatos, pesquisas e estudos sobre bullying - com a frase da pesquisadora que "é raríssimo um problema de bullying gerar mortalidade desse tipo. Até mesmo os tiros de Columbine, que marcaram a história com 14 mortes, foram associados a um desvio mental". 

O desvio mental pode ser nato ou pode ser causado por traumas externos. È claro que um aluno que mata 12 colegas em uma escola possui algum problema psicológico... SIM o bullying gera consequências como transtornos psicológicos também! 

Agora é preciso se questionar e refletir: 
  • Esse problema psicológico que nunca foi identificado, conforme cita a pesquisadora - foi despertado por qual motivo? Maldade? Raiva? Sofrimento?
  • Por que a grande maioria dos casos de atiradores em escola tem em comum o bullying? 
  • Caso o aluno não tivesse passado por situações de bullying ao longo de sua vida escolar, ele agiria da mesma forma? Teria realizado essas ações graves?
O que quero dizer é que o bullying é perigoso, pode acabar em consequências graves como assassinatos e suicídios e dizer o contrário disso desvalida uma quantidade grande de pesquisas sobre o assunto. 

O que é preciso fazer? Mostrar para os jovens que o bullying não é saudável e mais do que isso, que bullying fere o outro, por isso é crime. Você, alvo de bullying, que está lendo este post preste atenção: tem muita gente que pode te ajudar, acredite. 

Na matéria que li, e que não gostei por conta do tema bullying ter sido mal abordado, a pesquisadora levanta temas importantes que colocam em perigo a vida das crianças e jovens em fase de formação nos dias atuais. 

A palavra bullying está banalizada e a formação sobre o tema é importante. Por isso, que fique claro: Educação familiar é educação familiar; uso consciente das mídias digitais por jovens é uso consciente das mídias digitais por jovens; e bullying é bullying. Tudo pode até estar interligado, mas cada tema merece respeito e singularidade. 


Um abraço, queridos leitores, e até a próxima semana.


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Oba! Obrigada :)

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Foi bullying. Um breve comentário sobre o caso de Goiânia.

O caso chocou o país. No dia mundial de Combate ao bullying, um aluno atirou em seus colegas dentro da escola deixando mortos e feridos. A história se repete, os noticiários também, e aquela sensação de insegurança na escola volta a deixar docentes, coordenadores e pais preocupados.

O dia 20 de outubro de 2017 deixou marcas e também possibilitou uma série de pessoas a escreverem sobre bullying sem analisar corretamente o que é essa violência. Li textos muito bem escritos dizendo que "não foi bullying", que "agora tudo é bullying", etc. e tal. Achei super interessante ler estes textos para poder refletir mais e entender se de fato foi bullying ou não.



Minha conclusão é que sim, e agora vou explicar brevemente porquê o caso de Goiânia foi Bullying: 

"Bullying é uma situação de agressão física e/ou psicológica entre pares e possui características que o diferencia de outros tipos de violência existentes dentro das escolas, tais como: intencionalidade, frequência nas agressões, gratuidade e consequência." Carolina Giannoni Camargo

O garoto que atirou em seus colegas era chamado de Fedorento, conforme relatos de alunos da sua classe. É preciso entender que por trás de um apelido pode existir uma brincadeira e pode existir também uma violência. Então, como distinguir isso?

Quando o apelido é uma brincadeira, não há intenção de agredir ninguém e não existe consequências negativas. Um dos meus melhores amigos só atende pelo apelido, por exemplo.
Agora quando o apelido é violência, existe a intenção de ofender, e a repetição do apelido acontece justamente porque há evidências de que o alvo do apelido não gostou de ser chamado assim. Nestes casos os apelidos são pejorativos e a frequência desta agressão psicológica agrava as consequências para o alvo de bullying.

Quais seriam essas consequências?
Desinteresse pela escola, ansiedade, fobia social, transtornos alimentares, queda no rendimento escolar, pensamentos suicidas, estresse, depressão, assassinatos e suicídios são algumas das consequências sofridas por aqueles que são alvos de bullying na escola.

No caso do aluno que atirou na escola Goyases, em Goiânia, eu não possuo informações sobre o rendimento do aluno na escola, alterações comportamentais, tentativas de ajuda, etc.. O que gostaria de alertar é que o bullying é uma violência silenciosa e mascarada, que acontece debaixo de nosso nariz e precisa ser vista com mais atenção e responsabilidade. 


A Influência da família e seu papel na formação de autores e alvos de bullying.
Sobre esse tema, eu li que o jovem atirador era de uma família de policiais e que os assassinatos poderiam ser resultado de uma educação agressiva e autoritária. Não posso escrever nada sobre isso pois não possuo informações oficiais sobre a família. Mas quero dizer que não existe apenas um motivo para transformar alguém em alvo ou autor dessas agressões. Nós somos a soma de inúmeros fatores internos e externos e estamos sempre em transformação. Esse conjunto pode tirar o peso de culpar alguém pelo ocorrido, mas não tira a responsabilidade dos pais, educadores e da escola em estar atentos e agir contra o bullying.   
Sobre este aspecto - o que leva alguém a ser alvo ou autor de bullying? - temos muitos textos aqui no blog e  deixo 3 links para vocês iniciarem uma leitura: 




Para concluir eu posso dizer que o caso ocorrido em 20 de outubro de 2017, em Goiânia, foi bullying pois:

"Bullying é uma situação de agressão física e/ou psicológica
Foi bullying porque ocorreu violência psicológica;

"entre pares"
Foi bullying porque foi entre pares, ou seja, entre pessoas de igual hierarquia, no caso entre alunos de uma mesma escola;

"e possui características que o diferencia de outros tipos de violência existentes dentro das escolas, tais como: intencionalidade,"
Foi bullying porque o apelido "Fedorento" é pejorativo e o alvo de bullying demonstrou que não gostava dessa situação. A frequência desse apelido a intenção de provocar, ferir, chacotear, etc.;

"frequência nas agressões,
Foi bullying porque conforme relatos de seus colegas ele era chamado frequentemente de "Fedorento";

"gratuidade e"
Foi bullying porque o apelido Fedorento não surgiu após uma briga;


 "consequência."
Foi bullying porque como consequência ocorreram assassinatos, e o alvo de bullying dificilmente pensa de imediato nessa opção para resolver o problema, ou seja, já existiam consequências que não foram percebidas pelos seus pais ou professores.

Que fique o alerta:
·         Os autores de bullying precisam refletir suas ações e para isso precisam da ajuda de um adulto.
·  Os alvos de bullying precisam de amparo e ajuda para se fortalecerem psicologicamente, e para isso também precisam da ajuda de um adulto.
·         Os pais precisam saber identificar o envolvimento dos seus filhos com o bullying.
·         A escola precisa se capacitar e ter em mente que o bullying se previne e se combate diariamente. 

Queridos leitores do blog, já somos quase 900.000 por aqui, agradeço muito e de coração... juntos somos mais fortes!!! Divulguem nosso blog, nossa missão é ajudar!!! Quer saber como? O Blog está cheinho de artigos e dicas sobre o bullying. Mas tem mais aqui:
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