Fonte:http://www.parana-online.com.br/colunistas/332/83453/
Cenas de bullying no filme:
Deixe-me Entrar (Let me In), 2010
Quando foi anunciado que seria produzido um remake hollywoodiano do sueco Deixa Ela Entrar, uma grande polêmica se instalou, afinal, trata-se de um filme bastante recente, de 2008. Obviamente, as razões por trás da refilmagem eram absolutamente comerciais e motivadas por falta de criatividade.
Todos sabem da fria receptividade a filmes estrangeiros pelo público americano. Seja pela preguiça em acompanhar as legendas ou mesmo pela estética que tende a ser mais experiemental (e consequentemente mais autoral), os americanos não gostam de sair de sua zona de conforto. O que não havia sido cogitado até então é que, talvez, o filme pudesse dar certo, ser de fato acima da média. E é o que acontece.
No comando de Matt Reeves (que também assina a adaptação do roteiro), não é cometido nenhum crime contra a obra original. Para quem não conhece o excelente Deixa Ela Entrar, a história é basicamente sobre uma criança que sofre bullying na escola e se apaixona por uma criatura sobrenatural, facilmente associada ao vampirismo. Reeves demonstra muita sensibilidade e sutileza e, em certos momentos, imprime uma linguagem bem própria sobre a já refinadíssima narrativa.
Há, claro, diferenças em relaçãoao estilo nórdico, havendo muito mais emoção externada e a trilha se fazendo mais presente, ainda que bem inserida. Reeves mantém as longas e econômicas tomadas, respeitoso e sofisticado. E a violência, que impressionava no original, não foi nem atenuada nem intensificada. Não trata-se de uma cópia, e sim do bom senso de Reeves em não mexer no que deu certo.
No papel das crianças, outros acertos: em notável contenção, Chloe Moretz (a Hit Girl de Kick Ass) e Kodi Smit-McPhee (de A Estrada) sabem aproveitar o material que tem em mãos e entregam ótimas atuações. Outro destaque é Dylan Minette que, muito ameaçador, interpreta o garoto que persegue o protagonista na escola. O elenco adulto conta com o ótimo Richard Jenkins, melancólico e trágico, e Elias Koteas, no papel de um investigador.
O filme encontra certos problemas em seu terço final, justamente onde o original crescia. Mas, em geral, que algo tão delicado e distinto tenha sido respeitado justamente no lugar onde tudo é distorcido para fazer dinheiro e agradar espectador preguiçoso, é uma grata surpresa.
Encontro-me a realizar um estudo sobre o Cyberbullying, ou seja a violência efectuada através do uso de dispositivos tecnológicos. Agradecia se possivel a sua colaboração no preenchimento do meu questionário, cujo o link se encontra seguidamente.
ResponderExcluirhttps://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dElGSXR3Y042MVVXc1JQWWQ3YnZmcHc6MQ
Se possivel envie a mensagem a colegas seus...
Um muito obrigado,
Um abraço
Ana Lúcia João . . .