O bullying na sala ao lado
O bullying parece estar cada vez mais presente – e pior, aceito – dentro do ambiente de trabalho. Muitos desses comportamentos foram aprendidos em outros locais, como a escola e até mesmo em casa e são responsáveis pela diminuição do bem-estar dos trabalhadores. O pior, nesses casos, é que muitos patrões e chefias – que deveriam zelar pela saúde de todos no trabalho – não interferem nesse cenário.
Entretanto, os empregados, companhias, pesquisadores e legisladores do tema também estão mais atentos a esse tipo de atitude, que muitas vezes faz parte da cultura empresária e que precisa mudar. As evidências sobre os malefícios para a saúde, dos motivos que desengatilham esse tipo de violência e como reagir a isso contribuem com esse processo de mudança. Mas para realmente erradicar esse comportamento, os pesquisadores dizem que é necessário defini-lo melhor, de forma que as pessoas reconheçam exatamente o que combater.
Os outros nomes do bullying
Má-educação, abuso verbal, agressão psicológica, implicância: vários nomes para a mesma violência em diversos graus. E a pesquisa nessa área é particularmente recente. A maioria dos estudos vem de países como Suécia, Dinamarca, Noruega, Reino Unido e Canadá. Alguns começam a ser desenvolvidos nos EUA. No Brasil, até mesmo o termo bullying vem sendo ouvido há poucos anos.
Um estudo amplo feito nos EUA, em 2003, mostrou que os números do bullying no ambiente de trabalho atingiam 24% das empresas entrevistadas. Mas Paula Grubb, pesquisadora envolvida no estudo, diz que os dados podem ser incompletos, pois havia muitas dúvidas sobre os níveis e tipos de violência que caracterizavam o bullying.
A má-educação, ou falta de civilidade, por exemplo, pode ser definida como “um comportamento errático de baixa intensidade com intenção de ofender um indivíduo ou as normas de respeito vigentes em um ambiente”, como definem Lynne Anderson e Christine Pearson, em um estudo publicado no periódico Academy of Management Review.
Gary Namie, do Instituto sobre Bullying e Traumas ligados ao Trabalho, EUA, acredita que a mesma atitude seja apenas um comportamento descortês. Para o pesquisador, o bullying é algo feito repetidamente, com ofensas que possam infligir danos à saúde de um ou mais trabalhadores e manifestadas de forma verbal, ameaçadora ou intimidadora e que interfira nos interesses legítimos da empresa onde ocorreu o fato.
Mas outras atitudes podem estar envolvidas, diz Charlotte Rayner da Universidade de Portsmouth, Reino Unido, como excluir pessoas de reuniões, não repassar informações e mesmo não enviar e-mails por desacreditar do potencial de uma pessoa, o que pode influenciar na reputação profissional desse indivíduo. Isso também seria bullying, feito de forma mais sofisticada. Charlotte também é radical: não interessa se houve intenção, mas se o ato causou algum tipo de mal.
Mas para vários pesquisadores, os pontos principais do bullying no local de trabalho podem ser definidos em termos gerais por comportamentos que incluam:
• Ofensas verbais e não verbais (excluindo contato físico);
• Padrões e repetição nos ataques;
• Não respeitar os padrões de convivência social no ambiente de trabalho;
• Causar algum tipo de mal à saúde física e psicológica a outra pessoa;
• Intenção de controle das funções e violência contra alguém;
• Abusar de poderes relacionados a um cargo superior para conseguir algum tipo de vantagem;
• Comportamentos de evitação, dentro do local de trabalho, de pessoas que precisariam trabalhar conjuntamente e, por motivos que se desconhece ou não são claros, também pode ocultar casos de bullying por uma das partes envolvidas.
- (Notícias retirada do site uol em 21.05.2010 com informações da American Psychological Association)
eu acho uma bcharia quem pratica bullying e por isso q o mundo esta indo a agua a baixo.e preciso mais amor ao prossimo e asi mesmo.
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