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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

16% dos internautas brasileiros temem o cyberbullying



 

A prática do cyberbullying, ou intimidação virtual, representa um dos maiores riscos da internet para 16% dos jovens brasileiros conectados à rede. Isso é o que mostra uma pesquisa realizada em fevereiro de 2010 pela Safernet, ONG de defesa dos direitos humanos na internet, envolvendo 2.160 internautas do país com idades entre 10 e 17 anos.
 Esse mesmo estudo indica que 38% dos jovens reconhecem ter um amigo que já foi vítima de cyberbullying – quando sofrem atitudes agressivas, intencionais e repetitivas no universo virtual, vindas de uma pessoa ou de um grupo. Os números mostram, no entanto, que apenas 7% dos entrevistados já ouviram o desabafo de seus amigos sobre a vivência de situações de agressão e humilhação na internet.
Uma pesquisa global, da empresa de segurança Trend Micro, indica que um terço dos jovens ativos na internet já passou por situações semelhantes. Também por conta dessa prática agressiva, o Dia da Internet Segura, realizado em 55 países nesta terça-feira (9), teve o tema “pense antes de postar”, com um alerta sobre os perigos das informações que são divulgadas de forma irresponsável na web.

Consequências extremas
Um
exemplo bastante conhecido sobre as conseqüências negativas e extremas do cyberbullying é o da jovem Megan Meier, que se suicidou nos Estados Unidos em 2006, aos 13 anos. A responsável pela intimidação virtual da jovem foi Lori Drew, de 49 anos. Ela criou um perfil falso no MySpace de um jovem de 16 anos para humilhar Megan, que teria espalhado boatos sobre sua filha. Ambas eram vizinhas e frequentavam a mesma escola em St. Louis, no Estado do Missouri.
Megan tinha histórico de depressão e passou a trocar mensagens com o "rapaz", que dizia ter acabado de se mudar para o mesmo bairro. Meses depois, o falso jovem rompeu a amizade virtual com Megan, em uma mensagem que dizia que "o mundo ficaria melhor sem ela". Em seguida, a jovem se enforcou.

Brasil
O Brasil não tem casos tão emblemáticos, mas a prática do cyberbullying também é comum por aqui. Comunidades e perfis falsos no Orkut, contas fraudulentas no Twitter e blogs anônimos são algumas das formas encontradas pelos agressores virtuais para atormentar suas vítimas.
Na comunidade “Sofro ou já sofri bullying”, no Orkut, por exemplo, é possível encontrar o depoimento anônimo de uma pessoa que diz ser agredida virtualmente por colegas de sua escola, em Salvador. “Ultimamente algumas meninas (mesmo eu mudando de sala, elas ainda me atormentam) andam me chamando de vaca pelo Orkut. Pelos comentários de fotos da minha melhor amiga. Ela já tentou apagar, mas sempre botam de novo”, escreveu a vítima, descrevendo em seguida algumas frases de suas agressoras. 
O caso da ex-estudante de Turismo Geisy Arruda, que em novembro do ano passado foi hostilizada por ir à universidade usando um vestido curto, poderia ter se tornado um caso de cyberbullyng se a jovem não tivesse revertido a situação a seu favor. Depois de ser escoltada por policiais para sair da Uniban, em São Bernardo do Campo (SP), o vídeo dos estudantes xingando Geisy foi parar no YouTube e o link passou a ser twittado por diversos internautas brasileiros, contribuindo assim para a fama repentina da loira. A primeira reação de muitos internautas foi xingar e criticar a então estudante.
No meio do turbilhão, ela participou de diversos programas de TV, reportagens para os maiores veículos de comunicação nacionais e chegou a aparecer no “New York Times”. Passada a confusão, Geisy aproveita o lado bom da fama: terá destaque em desfiles no Carnaval, fez cirurgias estéticas pagas por simpatizantes e atraiu um público virtual de mais de 7 mil pessoas no bate papo da UOL, no final de janeiro.

(Notícias do site Uol de 10 de fevereiro de 2010, publicada por Juliana Carpanez)

 

Um comentário:

  1. Meu nome é Ricardo Iha
    Deveria ter penas mais rígidas para quem pratica o Cyberbullying, ou o responsável pelo praticante.
    Meu nome não é Barnei, não é Tiago, não é Ronaldo e nem Marlom ou Marlei.
    Espalham para todo mundo que sou tímido e tem vergonha de me dizer isso pessoalmente.
    Quem é Jú? Porque querem me assustar? São pessoas muito feias?
    Quem é que me manda esses recados idiotas e sem nexo nenhum todos os dias?
    Quem é masturba ou bronha ou punheta ou siririca?Que criatura infeliz teria uma nome desses?
    Vivem atrapalhando meu serviço. Quem são essas criaturas? Eu nunca vi essas criaturas na minha vida! Porque me mandam esses recados idiotas?Vivem atrapalhando a minha navegação na internet!Vivem perseguindo as pessoas pela cor de camisa que usam! Quem são essas criaturas? O que quer dizer “ela sabe”?Ela sabe o quê?E se souber?Qual é o problema em saber?
    O que quer dizer “tá bravo”?Quem tá bravo? E se tiver “bravo”? Qual é o problema ?Quem nunca ficou bravo na vida?Qual é a finalidade dessa inutilidade?
    Só me falta ter gente seguindo essa “merda”!Me desculpem o termo.
    É uma brincadeira muito sem graça e de mau gosto.

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