MP abre processo para combater bullying
JOANICE DE DEUS
Da Reportagem
Um procedimento administrativo foi aberto pelo Ministério Público do Estado (MPE) para a implantação de políticas públicas que visem prevenir e controlar a prática de bullying nas instituições de ensino público. Cuiabá ocupa o 18º lugar no ranking das capitais brasileiras que mais registram casos de condutas agressivas nas escolas, conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o promotor Miguel Slhessarenko Júnior, a ideia é estimular o combate a qualquer tipo de humilhação, que pode levar a consequências mais graves, como espancamentos ou até a morte. Ontem, ao participar do “I Seminário Bullying na escola: desafios para educadores”, promovido pelo Conselho Estadual de Educação (CEE), Slhessarenko lembrou que atitudes agressivas estão gerando indenizações.
Em um dos casos, a estudante P.S.P, 17 anos, sofreu durante 8 anos agressões verbais e até físicas no ambiente escolar e resolveu buscar seus direitos na Justiça. Só ano passado, a Promotoria da Vara de Infância e Juventude de Cuiabá atendeu seis casos de bullying. Com apoio da Defensoria Pública, a jovem ingressou na Justiça com uma ação para reparar danos psicológicos sofridos. Além de ser chamada de balofa, sardenta, perebenta, Mafalda e X-9, por duas vezes P.S.P. foi agredida fisicamente. A ação que tramita na Justiça pede uma indenização de R$ 50 mil como forma de reparação dos danos morais aos quais a adolescente foi submetida.
O tipo de agressão que mais se efetiva entre os alunos é o de injúria, em que ocorrem tratamentos como “caolho”, “dois olhos”, “perneta” ou “perna-de-pau”, “alemão”, entre outros.
O promotor entende que é papel do gestor prevenir e combater esses tipos de agressões e, em caso de omissão, tanto os pais dos agressores como a instituição de ensino podem se sentar no banco dos réus e responder pelo ato de violência física ou moral.
Ao citar algumas medidas nas esferas estadual e federal, o promotor informou que está em tramitação no Congresso Nacional um projeto de lei que busca criminalizar o bullying como crime contra a honra. “Numa situação mais grave, quando resulta em violência física, a pena prevista é de dois a quatro anos de reclusão”, disse.
Por outro lado, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Gilmar Soares, defendeu que o combate aos comportamentos agressivos exige um conjunto de medidas que vão desde a valorização à formação dos professores. “Faltam condições para que o profissional se dedique e se envolva com os problemas referentes à aprendizagem”, disse, lembrando as duplas ou triplas jornadas dos trabalhadores.
Soares observou ainda que dentro da escola se reproduz o que é vivenciado do lado de fora e aceito pela própria sociedade. Dentro deste contexto, ele citou o reality show “Big Brother Brasil”. “A violência é um fenômeno complexo e afeta a todos. Nos últimos 10 anos, o programa Big Brother mostra pessoas que dizem: eu faço amor com você, te beijo, mas se você atravessar a minha vida, a chance de ganhar dinheiro, eu te elimino”, comentou.
Fonte: http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=389654
JOANICE DE DEUS
Da Reportagem
Um procedimento administrativo foi aberto pelo Ministério Público do Estado (MPE) para a implantação de políticas públicas que visem prevenir e controlar a prática de bullying nas instituições de ensino público. Cuiabá ocupa o 18º lugar no ranking das capitais brasileiras que mais registram casos de condutas agressivas nas escolas, conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o promotor Miguel Slhessarenko Júnior, a ideia é estimular o combate a qualquer tipo de humilhação, que pode levar a consequências mais graves, como espancamentos ou até a morte. Ontem, ao participar do “I Seminário Bullying na escola: desafios para educadores”, promovido pelo Conselho Estadual de Educação (CEE), Slhessarenko lembrou que atitudes agressivas estão gerando indenizações.
Em um dos casos, a estudante P.S.P, 17 anos, sofreu durante 8 anos agressões verbais e até físicas no ambiente escolar e resolveu buscar seus direitos na Justiça. Só ano passado, a Promotoria da Vara de Infância e Juventude de Cuiabá atendeu seis casos de bullying. Com apoio da Defensoria Pública, a jovem ingressou na Justiça com uma ação para reparar danos psicológicos sofridos. Além de ser chamada de balofa, sardenta, perebenta, Mafalda e X-9, por duas vezes P.S.P. foi agredida fisicamente. A ação que tramita na Justiça pede uma indenização de R$ 50 mil como forma de reparação dos danos morais aos quais a adolescente foi submetida.
O tipo de agressão que mais se efetiva entre os alunos é o de injúria, em que ocorrem tratamentos como “caolho”, “dois olhos”, “perneta” ou “perna-de-pau”, “alemão”, entre outros.
O promotor entende que é papel do gestor prevenir e combater esses tipos de agressões e, em caso de omissão, tanto os pais dos agressores como a instituição de ensino podem se sentar no banco dos réus e responder pelo ato de violência física ou moral.
Ao citar algumas medidas nas esferas estadual e federal, o promotor informou que está em tramitação no Congresso Nacional um projeto de lei que busca criminalizar o bullying como crime contra a honra. “Numa situação mais grave, quando resulta em violência física, a pena prevista é de dois a quatro anos de reclusão”, disse.
Por outro lado, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Gilmar Soares, defendeu que o combate aos comportamentos agressivos exige um conjunto de medidas que vão desde a valorização à formação dos professores. “Faltam condições para que o profissional se dedique e se envolva com os problemas referentes à aprendizagem”, disse, lembrando as duplas ou triplas jornadas dos trabalhadores.
Soares observou ainda que dentro da escola se reproduz o que é vivenciado do lado de fora e aceito pela própria sociedade. Dentro deste contexto, ele citou o reality show “Big Brother Brasil”. “A violência é um fenômeno complexo e afeta a todos. Nos últimos 10 anos, o programa Big Brother mostra pessoas que dizem: eu faço amor com você, te beijo, mas se você atravessar a minha vida, a chance de ganhar dinheiro, eu te elimino”, comentou.
Fonte: http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=389654
Bom Dia a todos!
Nós, educadores, devemos pensar muito na justiça restaurativa!!!
Não se esqueçam do papel de educar...
Abraços,
Carol.
Nós, educadores, devemos pensar muito na justiça restaurativa!!!
Não se esqueçam do papel de educar...
Abraços,
Carol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário!