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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Entrevista com o Professor Neemias Moretti Prudente - JR

Olá Pessoal

Nesta semana, posto uma entrevista exclusiva sobre Justiça Restaurativa, que o professor Neemias Moretti Prudente fez para o Blog Bully No Bullying. 
Agradeço ao professor esta oportunidade de esclarecer e divulgar este assunto tão importante para as escolas!
Segue a entrevista:


  NEEMIAS MORETTI PRUDENTE
  Mestre em Direito Penal pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP/SP). Especialista em Direito Penal e Criminologia pelo Instituto de Criminologia e Política Criminal e Universidade Federal do Paraná (ICPC/UFPR). Especializando em Direito Penal e Processo Penal pelo Instituto Paranaense de Ensino (IEP/PR). Professor de Ciências Criminais. Estagiário do MP/PR. Membro de vários institutos ligados a Ciências Criminais. Membro do Corpo Editorial da Revista SÍNTESE de Direito Penal e Processual Penal, entre outros. Palestrante em Congressos e Universidades em todo o país. Autor de diversos artigos em revistas e jornais especializados nacionais e estrangeiros. É coautor dos livros: “Cultura de paz: restauração e direitos” (UFPE, 2010) e “Justiça restaurativa e mediação: políticas públicas no tratamento dos conflitos sociais” (Unijuí, 2011). É organizador e coautor do livro: Monitoramento Eletrônico em Debate (Lumen Juris, 2012). É autor do livro “Introdução aos Fundamentos da Vitimologia” (Atlas, 2012, no prelo). E-mail: neemias.criminal@gmail.com. Acompanhe meus Blogs: infodireito.blogspot.com e justicarestaurativaemdebate.blogspot.com; Siga-me no Twitter: @neemiasprudente e me encontre no Facebook: facebook.com/neemiasprudente



1.Bully No Bullying: O que é Justiça Restaurativa?

A Justiça Restaurativa é uma forma pacifica de resolução de conflitos, onde as próprias partes afetadas/interessadas por um conflito (vítima, infrator e, quando apropriado, membros da comunidade) participam ativamente na resolução deste conflito, geralmente com a ajuda de um facilitador capacitado.

2.Bully No Bullying: Quando o bullying deve se tornar um caso de polícia?

O bullying deve tornar-se um caso de polícia quando não resolvido por meios alternativos ao sistema tradicional de justiça. Quando a justiça restaurativa (ou outras medidas alternativas) não conseguir resolver o conflito, deve-se recorrer à velha e necessária justiça tradicional. Todavia, embora as respostas repressoras/punitivas (como a expulsão de alunos agressores ou recorrer ao judiciário) são válidas, nem sempre (ou, na maioria das vezes) é a solução mais adequada, por isso devem ser evitadas, tanto quanto possível. Agora, o bullying existe, é danoso e não pode ser admitido – necessita de respostas, e a justiça restaurativa é uma delas (e não somente).

3.Bully No Bullying: Quando a Justiça Restaurativa pode ajudar nos casos de bullying?

O bullying é uma forma de conflito que ocorre no ambiente escolar, e como qualquer conflito, a justiça restaurativa se apresenta como um mecanismo eficaz para a resolução de tal conflito. Nos casos envolvendo bullying, as práticas restaurativas (v.g. mediação, conferências familiares, círculos) proporcionam a vítima, agressor e outros afetados/interessados no caso (testemunhas, familiares, amigos, comunidade escolar), a oportunidade de se reunirem, exporem os fatos, dialogarem sobre os motivos e consequências do ato, visando identificar as necessidades e obrigações de ambos. A vítima pode dizer que a atitude a incomoda e que está mal com isso. O agressor é levado a entender o que ocorreu, conscientizando-se dos danos que causou a vítima (v.g. material, psicológico) e, a partir daí, tende a assumir a responsabilidade por sua conduta, reparando o dano (lato sensu), inclusive cessando a agressão. Em seguida, firma-se, então, um acordo/compromisso. Em muitos casos é possível o arrependimento, a confissão, o perdão e a reconciliação entre as partes. O encontro é acompanhado por um facilitador capacitado para esta prática (v.g. professor, aluno, assistente social, psicólogo), que tem como objetivo ajudar as partes a se entenderem, refletirem e chegarem a uma solução para o caso. Enfim, com a justiça restaurativa, escolas aprendem que, em vez de punir, é melhor dialogar para solucionar os conflitos. 
Imagina a cena. Um aluno ofende um colega de sala com um apelido humilhante, repetidamente. Pouco tempo depois, a pedido da vítima, os dois se reúnem na presença de outras pessoas (famílias, professores etc.) e, após das devidas desculpas, é feito um acordo para que o confronto não volte a acontecer. Sem mágoas. Isso é possível? Sim, com a Justiça Restaurativa (caso real).

4.Bully No Bullying: Você acredita que as escolas possuem recursos para resolver os casos de bullying?

De forma alguma, as escolas não estão preparadas nem possuem recursos (v.g. físicos e materiais) para resolver os casos de bullying. Mais triste ainda é saber que a maioria das escolas dizem que “aqui não há bullying”. Na verdade, a escola (em sua maioria) não conhece o assunto, e quando conhece não desenvolve programas antibullying. Inclusive e infelizmente, as escolas que afirmam que lá não ocorre bullying é provavelmente aquela onde há mais incidência desta prática.

5.Bully No Bullying: O que acha das leis que surgem para punir autores destas agressões?

As respostas repressivas/punitivas não são as melhores, principalmente para os casos de bullying, onde a maioria dos agressores são crianças e adolescentes (partindo do princípio que o bullying ocorre tão e somente no ambiente escolar). Todavia, não há ainda, no ordenamento jurídico brasileiro, norma específica para punir os casos de bullying. O que há é legislação (civil, criminal, administrativa) que pode ser aplicada aos casos de bullying (por exemplo: na área cível, podemos falar em ação de danos morais e matérias; Na área administrativa, podemos falar em expulsão; Na área criminal, podemos falar em injúria, difamação, ameaça, lesão corporal, homicídio, extorsão, furto, roubo, estupro, constrangimento ilegal, entre outros). Condutas estas que estão previstas na legislação em regência e podem, também, ser aplicadas em casos de bullying.
De acordo com o anteprojeto do Novo Código Penal (em tramitação na Câmara dos Deputados), a prática de bullying pode virar crime. A prática de bullying, que será considerada no anteprojeto “intimidação vexatória”, terá pena de um a quatro anos de prisão. Pela proposta, pratica o crime quem “intimidar, constranger, ameaçar, assediar sexualmente, ofender, castigar, agredir ou segregar “criança ou adolescente “valendo-se de pretensa situação de superioridade. O crime pode ser realizado por qualquer meio, inclusive pela internet (cyberbullying). Se o crime for praticado por menores, em caso de condenação, lhes serão aplicadas medidas sócio-educativas, previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Também, podemos citar o Projeto de Lei n.º 3036/2011, que obriga as escolas a instituir comissão antibullying (atualmente tramitando na Câmara dos Deputados).
Por fim, embora nota-se um avanço no trato da matéria, é preciso comprometimento das autoridades para com o bullying, bem como políticas públicas e investimentos em sua contenção e prevenção. Além de ser imprescindível para tudo isso, a criação de uma legislação especifica que trate do bullying.

1ª parte - Era uma vez uma história de bullying

Quem continua a história?
Envie para carolina_giannoni@yahoo.com.br ou deixe um comentário! Mais detahlhes no link:

"Sou aluna da quinta série e gosto de estudar na minha escola. A turma é legal, minhas amigas são demais, tem uns meninos bobos, que ficam zoando e mexendo com a classe, mas eu nem ligo. Quem liga para isso, acaba se dando mal.
Um dia me candidatei a representante de sala, e ganhei. Eu não sabia que essa responsabilidade poderia mudar a história de muita gente.
Tudo começou quando...”

Escreva!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Projeto: Era uma vez... Uma história de bullying

Olá pessoal, a partir da próxima sexta, iniciarei o projeto. "Era uma vez... uma história de bullying". E você pode participar!

Qual objetivo?
O objetivo é criarmos uma história que contenha um ou mais casos de bullying e, é claro, soluções para o caso.

Por que criaRmoS? 
Porque faremos isso juntos! Você, eu e todos os interessados em participar dessa grande história!

Como funciona?
A cada semana (toda sexta feira) a história será aumentada e você poderá postar as suas ideias aqui no Blog Bully: No Bullying (através do comentário) e/ou, também, poderá enviá-las para o email carolina_giannoni@yahoo.com.br.

E o resultado?
O resultado será uma história escrita por pessoas de diversas partes do mundo, com o mesmo intuito: prevenir e combater os casos de bullying nas escolas.

Quem pode participar?
Todo o mundo! Alunos, professores, pais, funcionários da escola, todos aqueles envolvidos com o processo de educação e, também, aqueles que de alguma forma conhecem um caso de bullying.

E quando a história ficar pronta?
Quanto tudo estiver pronto, o blog fará a divulgação do texto (*Importante: Não se esqueçam de se identificarem - email) e dos respectivos autores, ou seja, todos aqueles que ajudaram a construir a história!

Sorteio:
Será realizado um sorteio entre todos os participantes e o ganhador receberá de presente o livro: "Brincadeiras" que fazem chorar,  e também, uma camiseta contra o bullying.

Curtiu? Então divulgue esta ideia na sua escola!!

*todos os que desejam participar receberão por email uma ficha a ser preenchida, afim de garantir os direitos autorais de cada participante. 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Bullying sem bla bla bla


“Bullying é uma situação de agressão física 
e/ou psicológica entre pares ocorrida de 
forma intencional, repetida, sem motivo  
aparente que justifique tal atitude,  
gerando 
uma conseqüência.”

Carolina Giannoni Camargo 



(imagem retirada do site http://estereotipodaperfeicao.blogspot.de/2011/06/bullying-provocacoes-sem-limites.html)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Violência presente nas escolas do país.


Pesquisa realizada pela Universidade Federal Fluminense em 13 escolas do Rio de Janeiro e 40 de Niterói e São Gonçalo, dentre estaduais, municipais e federais, constatou que 68% delas mencionaram casos de violência em suas instituições. Ao lado disso, a pesquisa constatou também que em 85% delas não havia psicólogos, ainda que 73% dos profissionais entrevistados reconhecessem ser desejável a ajuda de um psicólogo atuando em auxílio à educação.
O trabalho e seus resultados serão apresentados pela autora, professora Marília Etienne Arreguy, do Departamento de Fundamentos Pedagógicos da Faculdade de Educação da UFF, durante o 3º Ciclo Internacional de Conferências e Debates: “Crises na Esfera Educativa - Violências, Políticas e o Papel do Pesquisador”, dias 23 e 24 de abril, das 9h às 17h, no Auditório Florestan Fernandes da Faculdade de Educação da UFF, Campus do Gragoatá, Bloco, D, São Domingos, Niterói.
Segundo Marília Arreguy, os professores se sentem desamparados nessas situações, o que evidencia a necessidade de inclusão de profissionais como psicólogos e assistentes sociais na rede pública, para mediação dessas relações conflituosas com crianças, jovens e suas famílias, antes que resultem em casos como o da escola de Realengo, que também é analisado pela pesquisadora. E, ainda, pode estar havendo uma medicalização excessiva de crianças, em casos diagnosticados apressadamente como de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e “bullying”, mas que na verdade seriam comportamentos decorrentes mais das situações de risco em que vivem e são educadas essas crianças e jovens.
Dentre as instituições pesquisadas, 45% eram estaduais, 35% municipais, 3% federais e 17% particulares. A pesquisadora lamentou a ausência de profissionais de psicologia e de assistência social dentro das escolas, sobretudo nas públicas, e concluiu que a violência crescente nessas instituições de ensino é acentuada pela falta de apoio aos alunos, na sua maioria, pobres. "Alguns funcionários riram quando perguntados se havia psicólogos nas escolas e respondiam que, se faltava professor, ainda mais psicólogos. Apenas uma escola pública, no Rio, tinha um contingente minimamente razoável de psicólogos."
Segundo Marília Arreguy, a maioria dos alunos considerados violentos é encaminhada para o serviço público de saúde e muitos parentes acabam não levando os filhos para a consulta com um psicólogo, por variados motivos, como falta de meios para pagar a condução, falta de tempo, por preconceito, filas de espera enormes para atendimento, falta de profissionais, entre outros.
"A violência é fundamentalmente social, contextual e humana. Essa agressividade inerente ao humano precisa ser trabalhada nas escolas para que ela não se transforme em violência e ajude o aluno a viver melhor. Esse trabalho não está sendo feito ou está sendo feito de modo ineficiente. Essas crianças estão sem assistência e acabam, muitas vezes, sendo medicadas, como se esse fosse apenas um problema do indivíduo."
O encontro faz parte de um projeto de cooperação entre pesquisadores e profissionais brasileiros e franceses das áreas de saúde e educação. A pesquisadora francesa Sophie de Mijolla-Mellor, da Universidade de Paris Diderot, abre o encontro falando da responsabilidade política dos intelectuais. Serão discutidos ainda as dimensões da violência na educação contemporânea, a (in)segurança nas escolas e o problema do “bullying”, dentre outros temas.

(Fonte: Universidade Federal Fluminense)

terça-feira, 24 de abril de 2012

Revista Veja - semanalmente "pisando na bola"

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Revista Veja: três centímetros de bom senso em 90 kg de conjecturas

Capa desta semana abusa de estereótipo e chancela preconceito com base em leitura rasa da chamada "evolução tecnofísica"

A edição desta semana da revista Veja mal chegou às bancas e já virou polêmica. Mas, a despeito do repertório de sempre, não traz nenhuma especulação bombástica sobre os bastidores da política brasileira. Nem por isso, entretanto, abriu mão do tom especulador, descontextualizado e sensacionalista, acrescentando a esses ingredientes um olhar generalista e estereotipado apoiado em uma teoria nada consensual.
Opondo um elegante e feliz homem alto a outro baixinho com expressão rabugenta, a revista estampa a manchete "Do alto tudo é melhor", que detalha dizendo que "A 'evolução tecnofísica' explica por que as pessoas mais altas são mais saudáveis e tendem a ser mais bem-sucedidas". A capa deixou muita gente estarrecida e, tão logo, caiu nas redes sociais e blogs, gerando, obviamente, inúmeras críticas e intensos debates, que ainda devem se prolongar por alguns dias.
A capa é, de fato, um grande equívoco. A foto associada à manchete reflete e reforça um olhar preconceituoso, que vai na contramão de todas as tentativas de quebrar velhas visões e banir absurdos que ainda vemos cotidianamente, como – para ficarmos com um exemplo que está muito em voga atualmente – o bullying praticado contra quem não atende aos padrões estéticos da sociedade contemporânea (como o baixinho gordinho da foto). Antes de vender exemplares e ganhar mídia espontânea com a polêmica, uma publicação do porte da Veja – a maior do Brasil – precisa saber que deveria ter a responsabilidade de não fomentar coisas desse tipo. Jornalismo irresponsável faz mal e transforma mentiras, estereótipos e preconceitos em verdades absolutas. E os exemplos que temos disso no passado não são nada bons.


Mas isso não é tudo. Além de deixar sua imensa contribuição negativa aos esforços por uma sociedade sem preconceitos (e quando digo imensa não é exagero, já que a revista é a mais lida do Brasil e forma opinião de muita gente), pregando uma visão, no mínimo, questionável, a Veja se apoia em uma interpretação rasa e incompleta de uma teoria que, além de não ser consensual, não é o que a manchete tenta fazer com que seja. E isso fica claro na própria matéria, que não fornece nenhuma referência para a ideia de que os mais altos tendem a ser mais bem-sucedidos, reforçando a impressão de que a afirmativa é apenas conjectura da própria revista.
Quando a matéria diz que as pessoas altas "tendem a ser mais bem-sucedidas", nenhuma fala do economista citado como principal fonte e criador da tal "evolução tecnofísica" (apresentada como "nova teoria", mas que já nem é tão nova assim) – o Nobel de Economia Robert W. Fogel – é transcrita na reportagem ratificando-a, bem como não se consegue encontrar menção a essa visão em artigos do pesquisador sobre o assunto, inclusive neste aqui, do qual há grandes chances de que tenham sido retiradas algumas de sua falas citadas na reportagem (trechos idênticos constam nos dois textos), embora ele seja apresentado como "entrevistado".
A revista, inclusive, não se estende muito no assunto polêmico, que de tão enxuto no texto não justifica o destaque na capa. Nas 15 páginas do especial, a reportagem apresenta informações até interessantes, como os perigos da obesidade para a saúde e a importância da boa nutrição para as crianças em seus primeiros anos de vida (embora não apresente nenhuma novidade). E em poucas frases, bem depois da metade da reportagem, resume tudo que anuncia na manchete (até lá, o leitor se pergunta o que a matéria tem a ver com a barulhenta chamada na capa).
Tão rasa quanto a concepção de que os mais altos se saem melhor que os baixinhos, é a explicação dada sobre tal tese, tirada sabe-se lá de onde. Sem fontes claras – fossem elas estudiosos ou mesmo uma pesquisa quantitativa das que renderam a Fogel boa parte da relevância que tem hoje – a revista limita-se a exibir um quadro intitulado "Por que alguns centímetros a mais fazem diferença", citando relações mirabolantes entre altura e sucesso, e ao seguinte parágrafo, de autoria da própria redação da revista:

"A altura está associada também à produtividade, ao poder e ao sucesso. Pessoas mais altas são consideradas mais inteligentes e conseguem aumento de salário com maior facilidade do que as mais baixas. Medir 5 centímetros a mais do que os colegas de trabalho garante um salário 1,5% maior, ou 950 dólares suplementares no fim do ano. A altura é um quesito crucial até para a liderança. Entre 1789 e 2008, 58% dos candidatos mais altos à Presidência dos Estados Unidos ganharam as eleições. Barack Obama tem 1,85m. O republicano Mitt Romney, 1,88 metro".

É necessário dizer mais alguma coisa?

(Texto extraído do link: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/revista-veja-tres-centimetros-de-bom-senso-em-90-kg-de-conjecturas/63088/ do site http://www.administradores.com.br/academico/ Nao é de minha autoria.)

quinta-feira, 29 de março de 2012

Bullying e Religião

Professora evangélica prega em aula e aluno sofre bullying na escola

 
Adolescente e seus pais em casa (Foto: Tiago Silva/DGABC) 

Adolescente de 15 anos passou a ser vítima de bullying e intolerância religiosa como resultado de pregação evangélica realizada pela professora de História Roseli Tadeu Tavares de Santana. Aluno do 2º ano do Ensino Médio na Escola Estadual Antonio Caputo, no Riacho Grande, em São Bernardo, o garoto começou a ter falta de apetite, problemas na fala e tiques nervosos.

Ele passou a ser alvo de colegas de classe porque é praticante de candomblé e não queria participar das pregações da professora, que faz um ritual antes de começar cada aula: tira uma Bíblia e faz 20 minutos de pregação evangélica aos alunos. O adolescente, que no ano passado começou a ter aulas com ela, ficava constrangido. Seu pai, o aposentado Sebastião da Silveira, 64 anos, é sacerdote de cultos afros. Neste ano, por não concordar com a pregação, decidiu não imitar os colegas. Eles perceberam e sua vida mudou.

Desde janeiro, ele sofre ataques. Primeiro, uma bola de papel lhe atingiu as costas. Depois, ofensas graves aos pais, que resolveram agir. "Ficamos abalados", disse Silveira. "A própria escola não deu garantias de que meu filho terá segurança."

O garoto estuda na unidade desde a 5ª série. Poucos sabiam de sua crença. E quem descobria se afastava.Da professora, ouviu que pregação religiosa fazia parte do seu método. Roseli não quis comentar sobre o caso.

A Secretaria Estadual da Educação promete que a Diretoria de Ensino de São Bernardo irá apurar a história e reconhece que pregar religião é proibido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Na escola, os alunos reclamam da prática. "Não aprendi nada com ela. Só que teria de ter a mesma religião que ela", disse um menino de 16 anos.

O que acha disso?
Escreva para nós! 

quarta-feira, 21 de março de 2012

Trabalho sobre Bullying


Oi pessoal,

Para quem precisa de ideias para fazer o trabalho escolar sobre bullying, deixo aqui a minha sugestão. Façam um estudo de caso, analisando três ou quatro situações de conflito. A pergunta é: neste caso existe bullying ou não?

Analisem cada situação e para verificar a presença do fenômeno observem as suas características: agressão física e psicológica entre pares, que ocorre de maneira intencional, frequente, sem motivação, causando uma consequência.

Aqui no blog Bully: No bullying você encontra, detalhadamente, a explicação de cada característica do bullying e, dessa forma, você poderá analisar os casos identificando quando ocorre bullying ou não!

A professora vai adorar!

Fica a dica!

Abraços, Carol! 


terça-feira, 20 de março de 2012

Reforma - Organizando o blog

Oi Pessoal!

Estou organizando o blog e colocando marcadores em todo o conteúdo aqui do Bully: No Bullying!

O trabalho vai longe, afinal são 3 anos de Blog e isso rendeu, e ainda rende, muito assunto. Agora, as postagens serão divididas em reportagens, vídeos, matérias, entrevistas, imagens, casos, características, etc... Tudo para facilitar a pesquisa de vocês sobre bullying

Portanto, ao fazer sua busca aqui no blog, não se prenda, ainda, ao índice do marcador. Leia também a seção "Arquivo do Blog", ok?

E desculpe-me pelo transtorno!

Carol!!!

Denúncia de mais um caso - O desabafo de um alvo

"Oi, meu nome é Ricardo (nome fictício), tenho 15 anos e estudo na escola estadual onofre pires em santo angelo -RS comecei a estudar lá esse ano no primeiro ano do ensino médio, desde que comecei a estudar lá venho sofrendo bulling por quase toda a turma e inclusive por parte de alguns professores, quando perguntei a minha professora de geografia porque ela não fazia nada enquanto eu sofria agressões verbais ela disse "a aula é uma democracia", eu venho sendo agredido desde que me assumi gay, alguns alunos estavam simulando sexo oral e anal em um ursinho de pelúcia e me chamando de viado,viadinho,gayzinho,chupa rola,pau no cú entre todas as ofensas posiveis, e hoje durante a aula de física um colega de classe veio me xingando e perguntando se eu queria apanhar porque era viado, e eu respondi: eu não tenho medo de você, e na saida ele disse "se você não tem medo de mim, vai levar facada pra aprender", no final da aula eu falei pra minha professora pra ficar um tempo a mais durante a aula, ela nem fez conta, eu não levei a serio, e sai da escola normalmente fiz uma menção a ficar mais tempo pra ajudar a professora(mas ela me ignorou e fez que não ouviu), eu sofri bulling na outra escola que eu estudei pelo mesmo motivo CORAGEM DE DIZER QUEM SOU, na saída ele veio em minha direção e gritou VOCÊ NÃO TEM MEDO DE MIM! e fez que ia tirar uma faca do bolso e eu peguei uma lapis da minha mochila pra me defender(agora eu percebi que foi uma ideia idiota), e le deu uma rasteira e me derrubou no chão(era no asfalto) e quebrou meu lapis, depois ele me segurou e comecou a me chutar e a me dar socos, metade da turma viu e ninguem fez nada, isso foi de dia a tarde e no centro, muita gente viu e saiu do comercio pra me ajudar e para separar a briga(não sei se fariam o mesmo se soubessem o que eu sou) a diretora estava chegando e ela viu eu apanhando e ela me ajudou(tem professoras que são legais, mas tem algumas que são maldosas) ela me acudiu e também outras professoras do turno da tarde(que não sabiam que eu era gay) viram e me ajudaram, e me levaram para delegacia para eu fazer B.O eu cheguei muito assustado e nem disse que eu sou gay (SEI QUE TALVES SE EU TIVESSE DITO NINGUEM TERIA DADO ATENÇÃO), cheguei lá chorando e humilhado, eu tenho medo que aconteça alguma coisa comigo, eu queria que alguém me ajudasse! antes que eu virasse mais nas estatísticas de LGBT mortos, as vezes eu sinto que ninguém gosta de mim e que a unica solução pra mim é me matar, POR FAVOR ALGUEM ME AJUDA!"

Esta é a carta de um alvo de bullying pedindo ajuda.
Uma rádio da cidade abordou o pedido de socorro e o município de 75 mil habitantes na Região das Missões, a 459 km de Porto Alegre, próximo à fronteira com a Argentina, conheceu mais este caso de homofobia e agressão. O menino, aluno do primeiro ano do ensino médio, denuncia que sobre preconceito pelos alunos do colégio onde estuda e até de professores. Que ao ser ameaçado por outros alunos pediu socorro aos professores que o ignoraram. Ele era xingado em plena sala de aula e chegou a ser ameaçado de morte. Tudo isso por ser homossexual assumido. Ele chegou a ser perseguido fora do horário de aula e foi agredido por outros alunos com socos e pontapés até que a diretora e outros transeuntes o socorreram. O fato aconteceu no último dia 13 e dois dias depois o menino denunciou o ocorrido.

Com a repercussão do caso, foi feito um boletim de ocorrência e os agressores serão punidos, garantiu o coordenador regional da 14ª CRE, Adelino Seibt, em entrevista no programa Rádio Visão. Os pais dos alunos foram chamados e foi registrado o caso em ata. A punição pode chegar de suspensão a transferência do agressor. O incidente levou a secretaria estadual de Educação a ver a importância do debate do tema bullying nas escolas.

Por sorte, o rapaz conta com uma família que o dá suporte, mesmo assim, pelo relato do rapaz, é possível ver como é difícil o combate ao bullying sem apoio institucional – seja da família, seja da Escola. Deste modo, urge a necessidade de um programa como o Escola sem Homofobia, que não resolve por si só, mas dá ferramentas para alunos, pais e professores possam identificar e intervir em momentos críticos e decisivos.

Apesar da rápida solução do caso, os pais do garoto decidiram transferi-lo para uma escola particular, onde entendem que o filho estará mais seguro.
"Fonte: Santo Angelo-RS"

(Foto: "O amor é mais alto do que .... a pressão para ser perfeito". Demi Lovato)

segunda-feira, 19 de março de 2012

Bullying ou Assédio Moral?

Assistam a entrevista da Carolina Giannoni Camargo sobre as diferenças entre bullying e assédio moral.


Curso sobre Bullying

 
Olá Amigos,


O curso da Semeare  para educadores sobre bullying é um sucesso desde 2009. Afinal, ele é elaborado por especialistas em treinamentos e pesquisadoras de bullying. São várias opções: de 3, 5 ou 10 módulos que se adéqua a necessidade da escola e/ou do município. Entre em contato conosco para mais informações e não deixe sua escola fora dessa oportunidade. 


contato.bullying@yahoo.com.br 

Nem tudo é bullying!

O QUE É BULLYING? QUAIS AS MANEIRAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A ESTE CONFLITO?
Por Carolina Giannoni Camargo

Bullying é uma situação de agressão física e/ou psicológica entre pares e possui características que o diferencia de outros tipos de violência existentes dentro das escolas, tais como: intencionalidade, freqüência nas agressões, gratuidade e conseqüência.

O autor de bullying, aquele que comete as agressões, possui a intenção clara de se destacar e, para isso, escolhe o caminho da violência para ser o valentão da turma.

O fenômeno é repetitivo, a criança que sofre com o bullying vivencia tais situações constantemente e quando ocorre na escola, a freqüência das agressões pode ser diária.

O alvo, aquele que recebe as agressões, não precisa ter provocado o autor para que este se sinta no direito de agredi-lo fisicamente e moralmente, portanto o bullying é uma violência gratuita.

Não existe bullying sem conseqüências. Podemos dizer que a diferença está na gravidade entre elas, uma vez que existam conseqüências que vão desde a desconcentração nas atividades escolares até mesmo a assassinatos e suicídios.

Como prevenir?

Por meio de projetos eficazes: as escolas devem capacitar seus educadores e funcionários, envolver os alunos dentro do projeto para que se sintam parte e responsáveis por ele, fazer palestras constantemente, convidar os pais para participarem, passar dicas de como os pais devem agir em casa evitando que seus filhos se envolvam com o fenômeno, convidar profissionais capacitados e experientes com o fenômeno bullying como apoio durante o projeto.

Como combater?

Caso existam pessoas já envolvidas com o bullying é preciso unir pais e escola, para que juntos possam decidir quanto ao encaminhamento psicológico, estratégias pontuais e a implantação do projeto de prevenção, para assim evitar que outros casos apareçam.

Podem copiar, mas não esqueçam de colocar a referência:
"Camargo, Carolina Giannoni. O que é bullying? Quais as maneiras de prevencao e cobate a este conflito? Em: . Acessado em: dia de acesso."

Palestras da Semeare em Paulínia

A Semeare realizará 10 palestras sobre o bullying para alunos da rede estadual de Paulínia. O trabalho faz parte da campanha contra a violência que a secretaria de educação do município realiza. Parabéns Paulínia!

Combate à Violência - 5/5/2011
Prefeitura de Paulínia inicia Campanha de Combate e Prevenção à Violência Infanto-juvenil

Foto:     Clique na imagem para ampliar
A Prefeitura de Paulínia por meio da Secretaria da Criança e do Adolescente (Seca) inicia a VII Campanha de Combate e Prevenção à Violência, uma ação de formação, informação, sensibilização e mobilização da sociedade para o problema que atinge cada vez mais crianças, adolescentes e jovens.
Durante a Campanha, a Secretaria da Criança e do Adolescente vai inves-tir em atividades educativas como: teatro, palestras para pais, alunos e educadores, cine debate, publicação e divulgação multimídia do tema, além de promover eventos junto a públicos estratégicos.
A Campanha inicia uma mobilização para proteção de crianças e adolescentes paulinenses e terá ações ao longo do ano. “A idéia é envolver a família e a sociedade para uma ação conjunta que ajude a reduzir os casos de violência contra nossas crianças e adolescentes”, explica a secretária da Criança e Adolescente.
Mais de 260 adolescentes da Escola Estadual Núcleo Habitacional José Paulino Nogueira participaram no dia 29 de abril, na Câmara de Paulínia, de uma palestra sobre bullying ministrada pela pedagoga formada na Unicamp, Aline Archangelo. No dia 25 de abril cerca de 130 pais de crianças e adolescentes atendidos pela Seca participaram da palestra sobre violência doméstica ministrada por profissionais do Centro de Prevenção, Kênia Guimarães e Patrícia Ferraz. O evento ocorreu na Sala da Imprensa do Paço Municipal no período noturno.
Para a coordenadora pedagógica da Escola Núcleo, Sônia Sigrist, a pales-trante conseguiu sensibilizar os alunos com uma linguagem simples, clara e objetiva. A escola já está trabalhando o tema em sala de aula, por isso esta parceria com a Seca é muito importante para nós.
A Campanha terá também capaci-tação para conselheiros tutelares e um curso para adolescentes de mediação de conflitos como instrumento de superação da situação de violência.
Outra novidade que a Campanha deste ano traz é o envolvimento da Promotoria da Infância e Juventude que estará ministrando palestras para os alunos das escolas envolvidas, abordando as questões do bullying e suas consequências.
De acordo com as profissionais do Centro de Prevenção da Secretaria da Criança e do Adolescente a meta é atingir 4 mil alunos das Escolas que têm nos pedido ajuda, além dos adolescentes que são atendidos nas oficinas socioeducativas da Seca. 



Fotos turma de Paulínia dia 9/5

Neste dia, mais de de 800 alunos estiveram conosco!







contato.bullying@yahoo.com.br

Quais os motivos para o bullying ocorrer?

O QUE LEVA OS JOVENS A PRATICAREM A VIOLÊNCIA CONTRA OUTROS JOVENS?
Por Carolina Giannoni Camargo


Não é apenas um único caminho que leva uma criança a se transformar em autor de bullying. Transtornos comportamentais, portadores de psicose e, na maioria dos casos, crianças vítimas de uma má educação – permissiva ou agressiva em excesso – são levados a se construírem como agentes dessa violência.


O que leva estas crianças a escolherem outras para praticarem o bullying são as características do alvo.


O autor de bullying, antes de escolher alguém para praticar as agressões, observa as características internas de determinada pessoa, verificando se esta possui bastante timidez, poucos amigos, dificuldade de se expressar e a auto-estima baixa.


Os alvos podem possuir estas características de maneira permanente (quando fazem parte de seu temperamento) ou de forma temporária (devido a acontecimentos momentâneos: separação dos pais, perda de um ente querido, mudança para uma nova escola).


O autor de bullying, diferente do que muitos pensam, percebe estas características e faz da criança seu alvo, antes mesmo de olhar para as características externas. Ou seja, uma criança que possua “5 braços” – ilustrando ludicamente – jamais será alvo de bullying se possuir amigos que o ajudem a se defender, se for comunicativo e expressar logo a um adulto o seu sofrimento e se possuir uma boa auto estima.           



Podem copiar, mas não esqueçam de colocar a referência:
"Camargo, Carolina Giannoni. O que leva os jovens a praticarem a violência contra outro jovem? Em: . Acessado em: dia de acesso."

domingo, 18 de março de 2012

Direito de falar.... não de ofender!

"Algumas pessoas pensam que a liberdade de expressão significa que podem dizer o que quiserem, mas existem leis relativas a discursos de ódio". Collymore.

"O direito de expressão não dá direito a agressão moral e psicológica". Carolina Giannoni Camargo

(Foto retirada do site: http://www.focusonlinecommunities.com/blogs/pluggedin/tags/suicide)

  
Segue matéria do site Terra

Jovem é preso por insultos racistas a jogador que sofreu colapso
18 de março de 2012 16h16


O caso do ataque cardíaco de Fabrice Muamba, jogador do Bolton, já foi até para as páginas policiais. Um jovem de 21 anos foi detido no País de Gales por proferir termos racistas ao jogador por meio do Twitter. Ele ainda fazia piadas sobre o assunto com uma linguagem forte.
Quem acusou o jovem foi o ex-jogador Stan Collymore, que sofreu com racismo este ano. Ao ver o que o garoto postou na rede (a conta de @LiamStacey9 foi apagada e o conteúdo das mensagens não foi divulgado), o atual comentarista de futebol ameaçou o rapaz, também pelo Twitter.
"Os seus tweets já foram entregues à polícia. Algumas pessoas pensam que a liberdade de expressão significa que podem dizer o que quiserem, mas existem leis relativas a discursos de ódio", avisou Collymore.
O galês foi detido e a própria polícia liberou um comunicado oficial sobre o assunto. "Detivemos um homem de 21 anos devido a comentários racistas colocados na rede social Twitter. Neste momento, ele se encontra sob custódia da Polícia Central de Swansea".

sábado, 17 de março de 2012

È alvo de bullying? Respostas para as piadinhas de mau gosto...

Oi Pessoal! 
Vejam o que recebi esses dias por email... 
O que acham desse cartaz? 
Vale à pena retrucar na "mesma moeda"? 
Você teria coragem de responder desta maneira? 
Ou isso não levaria a nada? 
Escreva para nós e dê sua opinião!

Grande Abraço!!! 
Ah, e obrigada a todos que deixam mensagens aqui no blog ou no email! É muuuuito gratificante ... 

Todos contra o bullying! Todos pela educação!
Carol
:) 


1000000 de visitantes!

Hoje o Blog comemora 1.000.000 de visitas! 1 milhão de pessoas que chegaram até aqui em busca de informações sobre bullying. Obrigada po...